Um Rio Chamado Tempo, uma Casa Chamada Terra / Mia Couto

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Descrição

Um Rio Chamado Tempo, Uma Casa Chamada Terra é uma exploração poética da identidade moçambicana, que funde o realismo com elementos do realismo mágico e da tradição oral africana.
A narrativa central acompanha Marianinho, um jovem universitário que regressa à sua ilha-natal, Luar-do-Chão, para o funeral do seu avô, Dito Mariano, o patriarca da família Malilane. O avô, no entanto, deixou instruções para que o enterro só ocorresse após a chegada do neto, iniciando uma espera que serve de catalisador para uma profunda jornada de autodescoberta e reconciliação com o passado.
Enquanto aguarda a cerimónia, Marianinho depara-se com um universo dominado pela espiritualidade e pelas crenças ancestrais que a vida na cidade o fizera esquecer. Recebe a visita de estranhas personagens e toma conhecimento do conteúdo das cartas que o avô lhe escreveu, que revelam segredos familiares e a história da ilha. O romance aborda a desarticulação das dicotomias legadas pela experiência colonial, como a divisão entre o “novo” e o “velho”, a cidade e o campo, a tradição e a modernidade.
O título do livro reflete a importância do tempo e do espaço na obra de Mia Couto. O rio (Madzimi) e a casa (Nyumba-Kaya) são espaços simbólicos que afastam e aproximam realidades, criando um “entrelugar” de diálogo e coexistência. A viagem de Marianinho não é apenas para um funeral, mas para um “nascimento”, para salvar a vida e colocar o mundo da sua família no devido lugar, confrontando o silêncio e as memórias que a terra e o tempo guardam.

Caminho, 2002. 1.ª edição. Com 262 p.; 21 cm; Broch.
[Muito bem conservado]

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