Descrição
“Termo de Óbidos é um ponto de regresso, aquele lugar sempre distinto que funda a identidade individual e a dispersa, tal como acontece no poema, com o café central, os natais, os tios, a escola, o passeio até à praia, as caras, os hábitos. A depuração dos elementos que constituem cada quadro transporta o leitor para uma ideia de real como ordem diferente daquela que a palavra, por mais simples que seja, consegue reproduzir. Apenas aproximar-se e perder-se, com o fôlego da vida.”
Andreia Brites
“Em Termo de Óbidos João Miguel Fernandes Jorge revisita a infância e adolescência, da mais tenra idade, na segunda metade dos anos 40 («apesar de/ “não te podes recordar”» às memórias trazidas pelo Natal de 2003. Óbidos, Porto Batel, Atouguia, Caldas da Rainha… o liceu em Lisboa. Instantes fugazes. A loja a caminho da escola. A transparência dos berlindes. A praia. O mar. Esse verão dos quinze anos «Quando a noite cercava todos os sentidos». Os parentes. «Sombras; e outras sombras ainda», «feridas do passado esfregadas com sal».
António Costa
«Uma antologia dos melhores poemas de João Miguel Fernandes Jorge – e a sua vastíssima obra poética justifica o empreendimento – encontraria neste livro lugares bastantes para se deter.»
António Guerreiro, Expresso
«A memória lírica torna-se, em livros como este, ilimitação dos limites de um sujeito, que se faz e desfaz na recordação difusa ou fulgurante de um ambiente, gesto, acontecimento ou duração. Matéria e montagem: sensibilidade que imagina e grava; memória difusa dos retratos dos amigos e amados, fulgurante e discreta descoberta de uma “íntima sensualidade”.»
Manuel Gusmão, Público
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Relógio d’Água, 2006. 1.ª edição. Com 96 [14] págs.; 24 cm; Broch.
[Muito bem conservado]
Detalhes
- Autor/a:João Miguel Fernandes Jorge