A Costa das Sirtes / Julien Gracq

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Descrição

A Costa das Sirtes (Le Rivage des Syrtes no original francês), considerada a obra-prima de Julien Gracq, é um romance aclamado que mergulha numa atmosfera onírica e fantasmagórica, um prelúdio de ópera wagneriana para uma guerra que nunca começa. A narrativa, que valeu o Prémio Goncourt ao autor em 1951 (prémio que Gracq recusou), transporta o leitor para um mundo imaginário e decadente.
O Reino de Orsenna
O romance passa-se no império ficcional de Orsenna, uma cidade-estado marítima outrora grandiosa (com semelhanças à República de Veneza), que se encontra numa fase de languidez e declínio. Durante trezentos anos, Orsenna tem estado numa “guerra de mentira” com o Farghestan, uma nação misteriosa e selvagem do outro lado do mar, a Baía das Sirtes. A inatividade tornou o conflito num jogo tácito e complexo, onde a fronteira é uma linha invisível, mas certa, que ninguém se atreve a cruzar.
A Jornada de Aldo
O protagonista é Aldo, um jovem aristocrata entediado e introspectivo de Orsenna, que, desiludido com a vida frívola na capital, aceita um posto militar na remota fortaleza costeira do Almirantado, na região das Sirtes. Longe do centro do poder, a sua função é observar e reportar qualquer atividade da nação inimiga, o Farghestan.
A Espera e a Tensão
A vida na fortaleza é marcada por uma espera ansiosa e um tédio existencial, um clima de antecipação que permeia toda a sociedade de Orsenna, “à espera dos bárbaros”. A fronteira é uma zona de mistério e fascínio, um vulcão adormecido que, a qualquer momento, pode entrar em erupção.
Goaded pela sua amante, a enigmática Vanessa Aldobrandi (cuja família tem ligações secretas com o Farghestan), Aldo sente um impulso irresistível de perturbar esta paz estagnada. Num ato de desafio, ele atravessa a fronteira marítima numa patrulha, chegando a tiro de canhão das baterias costeiras inimigas. Esta ação quebra o trégua de séculos, ladeando o tédio e provocando o inevitável conflito. O romance é, essencialmente, sobre esta “hesitante apreensão do reencantamento” que a guerra representa para uma civilização decadente.

Vega, 199-. Com 327 p.; 23 cm; Broch.
[Bem conservado]

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