Descrição
Por toda a parte, indivíduos, grupos políticos, governos e organizações internacionais são pródigos em declarações de paz, de progresso, de entendimento e de concórdia.
Em contrapartida, os factos mostram que a história da humanidade é largamente dominada pelo egoísmo, pela opressão e pelas mais diversas formas de luta.
Porquê esta contradição entre os propósitos e as acções?
As dificuldades de ordem económica e política são geralmente apontadas como outros tantos obstáculos à acção colectiva dos homens. Mas existem condicionalismos mais profundos, de natureza biológica, psicológica e sociológica, menos conhecidos, que são fundamentais para a compreensão dos fenómenos de interacção humana.
Tais condicionalismos vão sendo gradualmente descobertos e admitidos, sabendo-se que tanto podem ser utlizados para dominar os homens como para facilitar a estruturação de uma sociedade mais adulta e responsável.
Mas seremos nós capazes de ultrapassar as dificuldades da nossa sociedade, disporemos nós dos conhecimentos e das capacidades indispensáveis à construção de um novo tipo de convivência, mais ajustado às aspirações geralmente proclamadas?
Esta a pergunta que surge no momento de crise que atravessamos, arrastando transformações radicais cujas consequências estamos longe de poder prever e controlar.