Descrição
O Autor viveu a U.R.S.S. numa profunda curiosidade de verificar o que a doutrina proclama e os resultados obtidos quanto à formação do próprio Homem; como este se realiza efectivamente, e não como mero instrumento de uma política. O Autor afirma a consciência de não ter esgotado o campo de análise, até porque não penetrou essas terras enormes que formam a União Soviética, mesmo não falando nas célebres «estepes da Ásia Central».
Mas as grandes cidades são bem expressivas quanto à efectiva posição do homem soviético no contexto social e no contexto económico, que são, sem dúvida, os dominantes.
A singeleza da descrição de simples conversas dá-nos uma ideia bem diferente daquela que emanava das camadas dirigentes do nosso país, ideia que procurava evitar a aproximação por causas bem compreensíveis…
As manifestações de anseio cultural aparecem evidenciadas pelo apontamento de casos concretamente observados, confirmando elementos estatísticos e resultados que não era possível
esconder, pois sempre chegava ao nosso alcance o conhecimento dessas realidades, fruto de todo um ambiente que a estrutura política construiu, em profunda oposição aos princípios definidores da ética capitalista, princípios não apenas doutrinários, mas essencialmente impregnados de vontade efectiva de pôr a ciência e a técnica ao serviço do Homem.
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