Descrição
XVI
De cada vez que um de nós morre
há uma faca apontada às jugulares:
o silêncio como mantimento.
A morte equilibra-se em nossos corações
com o deslumbramento.
Há-de haver um corpo que transite de alma em alma
e em cujos olhos se alumie a força brutal da mesma vida.
Há-de haver uma voz desvairada que se derrame como napalm
sobre a noite que nos envolve.
Por agora não sei como tocar a distância de onde nos falam.
João Moita nasceu em Alpiarça em 1984. Publicou O vento soprado como sangue (Cosmorama, 2009), Miasmas (Cosmorama, 2010) e Fome (Enfermaria 6, 2015, 1ª edi., e 2017, 2ª ed. revista e aumentada)). Traduziu, entre outros, Antonio Gamoneda, Saint-John Perse, Arthur Rimbaud e Pierre-Félix Louÿs.
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Cosmorama, 2009. 1.ª edição. Com 48 [3] págs.; 20 cm; Broch.
[Muito bem conservado]
Detalhes
- Autor/a:João Moita