Descrição
Em 1578, com o desaparecimento de D. Sebastião, em Alcácer Quibir, acede ao trono o Cardeal D. Henrique, Inquisidor-mor do reino; sucedera a D. Diogo da Silva, natural de Aldeia Nova do Cabo – Fundão. Em 1580, com a morte de D. Henrique, perfilam-se três sobrinhos como candidatos ao trono: D. Catarina de Bragança, filha do Infante D. Duarte e de D. Isabel de Bragança; Filipe II de Espanha, filho de D. Isabel de Portugal e do Imperador Carlos V; D. António, Prior do Crato, filho do Infante D. Luís, Senhor da Covilhã e de Violante Gomes (cristã nova). O maior opositor de Filipe II de Espanha, que através do seu embaixador em Lisboa, subornou grande parte da nobreza, era D. António, Prior do Crato. Aclamado rei, em Santarém, em Junho de 1580, entra em Lisboa, onde é recebido com júbilo pelo povo. É derrotado em Agosto, em Alcântara, pelo exército do monarca espanhol. O seu reinado dura cerca de dois meses.
Em Julho, Fundão – onde o motim tem lugar – é vila, e Estêvão de Sampaio, capitão de companhia, é o Vereador mais velho. Cristãos novos lutam contra a presença da Inquisição, e todos, cristãos novos e cristãos velhos, se opõem à jurisdição da Justiça da Covilhã e da Guarda. Defendem a autonomia do seu município. Não conhecemos, em Portugal, episódio similar de resistência à Inquisição.
Alma Azul, 2006. Com 227 págs. : Ilust.; 25 cm; Broch.
[Como novo]
Detalhes
- Autor/a:Maria Antonieta Garcia