Escritos sobre o terramoto de Lisboa / Immanuel Kant

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Descrição

Na manhã de 1 de novembro de 1755 um sismo que se estima ter atingido a magnitude 9 na escala de Richter destruiu dois terços da cidade de Lisboa.
A sucessão de catástrofes (terramoto, maremoto e múltiplos incêndios) abalou as fundações da capital portuguesa, mas também a forma de pensar o mundo.
Os grandes acontecimentos de uma época são frequentemente vistos como marcos da história a partir dos quais tudo parece diferente. O terramoto de Lisboa, amplamente escrutinado pelos filósofos iluministas, é um dos melhores exemplos.
Immanuel Kant foi um dos intelectuais que se debruçou sobre os efeitos do cataclismo na sociedade e cultura europeias. A propósito de «Escritos Sobre o Terramoto de Lisboa», escreve João Duarte Fonseca» no posfácio:
«Ao trazer o terramoto de Lisboa da esfera do transcendente para o domínio da ordem natural, Kant tentou mostrar-nos que, ao invés de procurar no desastre significados ocultos, deveríamos antes aperfeiçoar formas de coexistir com o risco da sua repetição. A mensagem continua atual, mormente porque os destinatários se revelam renitentes.
O jesuíta Gabriel Malagrida, némesis de Sebastião José de Carvalho e Melo, comentou nos seguintes termos a hipótese de o terramoto ser um fenómeno natural: “- Nem o Diabo inventaria uma maneira mais certa de nos levar à perdição.“ A mensagem de Malagrida, mais do que a de Kant, terá ficado plasmada na memória coletiva dos portugueses.»

Coimbra : Almedina, 2005. Com 137 p. ; 20 cm; Broch.
[Muito bem conservado]

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