De Aveiro para o Mundo : Contributos Para a Expansão Portuguesa, 1400-1800

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Descrição

A realização, em 2014, das Jornadas de História local e Património Documental, subordinado ao tema “Aveiro e a Expansão Portuguesa (1400-1800)” trouxe ao conhecimento público novas vertentes da importante participação de Aveiro na grande epopeia marítima portuguesa dos Séculos XV e XVI.
Entendeu a Câmara Municipal de Aveiro alargar a divulgação dessas ações/participações, com a realização de uma exposição que permitisse alargar ainda mais a divulgação desse período muito importante da nossa história e da nossa vivência como povo soberano e como Potência Mundial.
Esta exposição pretende assim, relatar o que foi a Grande epopeia dos Descobrimentos e da Expansão Marítima dos portugueses, através da apresentação dos modelos dos navios, dos instrumentos de navegação e das cartas marítimas que levaram os portugueses a percorrerem cerca de dois terços do Mundo, descobrindo, como afirmou o cosmógrafo- mor Pedro Nunes (1502-1578) “novas ilhas, novas terras, novos mares e, o que é mais, novo céu e novas estrelas”.
A expansão portuguesa teve como base, quatro vetores:
Os homens que foram capazes de ultrapassar as dificuldades de viajar no desconhecido. • A construção naval que conseguiu construir navios capazes de melhor navegar à bolina e enfrentar os ventos desfavoráveis.
A ciência náutica que, permitindo determinar a latitude do navio no alto-mar, permitiu as navegações oceânicas com largos dias/períodos sem avistar terra.
· A cartografia que lhes permitiu mapear os novos territórios e assim dar conhecimento deles ao Mundo.
Com estes conhecimentos Portugal navegou por mares nunca de outros lenho arado e passou ainda muito além da Taprobana.
Aveiro, vila desde o Século XIII e cidade a partir de 1759, teve um importante contributo para o desenvolvimento do país neste período.

A pesca no alto-mar iniciou-se no reinado de D. Pedro I e, no Século XV e XVI são numerosos os navios que participam na Grande Pesca, hoje Faina Maior, pescando bacalhau na Terra Nova.
O comércio marítimo era também intenso nesse período como comprova a carta do Juiz de Fora da vila de Aveiro, aqui exposta, onde se descrevem os navios que se construíam em Aveiro e aqui faziam o seu porto de armamento. Daqui se pode concluir existir também um importante núcleo de construção naval, embora não se possam fixar os locais exatos dos estaleiros.
Desse período recuperou-se o achado arqueológico designado por Aveiro A (um navio de cerca de 1434) com um imenso carregamento (cerca de 4.000 peças) de cerâmica e que pôde ser parcialmente reconstruído e aqui está exposto com parte da sua carga.
Também foi recuperado um astrolábio náutico datado de 1575 – o mais antigo da coleção do Museu de Marinha recolhido da Ria de Aveiro em 1994 e também aqui exposto
Um pequeno país só pode ser uma grande potência se dominar uma ciência ou uma tecnologia. O Portugal dos Séculos XV e XVI tinha o exclusivo dos conhecimentos da navegação à bolina e do cálculo astronómico, tornando-se uma potência marítima dominante na Europa e no Mundo

Comandante Rodrigues Pereira
Comissário da Exposição


Câmara Municipal de Aveiro, 2017. Com 72 págs. : Ilust.; 20 cm; Broch.
[Muito bem conservado]