Descrição
Os 600 000 soldados e os milhares de tanques soviéticos, alemães orientais, húngaros, polacos e búlgaros que carregaram sobre Praga na noite de 30 de Agosto de 1968, não só puseram fim, pela segunda vez em trinta anos, à independência da república checoslovaca, como destruíram a maior esperança que o Socialismo conhecera desde a Revolução de Outubro. Reconciliar a justiça e a liberdade, a democracia e o poder, oferecer à iniciativa individual o seu lugar num mundo igualitário, libertar as criações do espírito e os meios de informação, eis alguns dos objectivos que um punhado de homens entusiastas tentaram pôr em prática no que chamaram «socialismo democrático». Durante oito meses, assistiu-se a uma revolução tranquila — que o autor seguiu em Praga e em Bratislava — nas cidades e nos campos, nas fábricas e nas universidades, conduzida pelo próprio povo e pelos homens que o estimulavam: escritores, artistas, chefes do Partido, membros do Governo. O movimento originava-se mesmo no núcleo do Partido Comunista Checoslovaco, que se lançava numa verdadeira «primavera do povo». Esta «primavera» durou apenas um Verão. O seu início, a sua vida, o seu fim constituem o assunto desta obra, viva, animada, apaixonante, que faz participar o leitor num acontecimento que, sem dúvida, terá as mais pesadas consequências para o futuro da Europa.
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