Descrição
O debate sobre o impacto social do actual processo de globalização está no centro da agenda internacional desde os finais dos anos 90. No entanto, este tem sido, em grande medida, um diálogo de surdos entre Porto Alegre e Davos. Com vista a sair desse impasse e contribuir para uma reflexão séria e objectiva, o Conselho de Administração do BIT instituiu uma Comissão Mundial sobre a Dimensão Social da Globalização. Co-presidida por Tarja Halonen, Presidente da Finlândia. e William Mkapa, Presidente da Tanzânia. a Comissão reuniu um grupo de 26 personalidades entre os quais um Prémio Nobel da Economia. políticos. parlamentares, especialistas das questões sociais e representantes de empresas e multinacionais, de sindicatos, do mundo universitário e da sociedade civil. O seu relatório — que agora apresentamos em português — indica que é urgente repensar as políticas e instituições da governação mundial.
A mensagem é crítica mas positiva. Trata-se de alterar o curso da globalização. Considera-se que esta pode beneficiar mais pessoas, que as suas vantagens devem ser mais repartidas entre os países e no interior destes, que um maior número de vozes se deve fazer escutar e influenciar os acontecimentos. Segundo os autores, os recursos e os meios existem. O que propõem é ambicioso mas realizável, no pressuposto de que um mundo melhor é possível. Propõe-se um processo de globalização com uma forte dimensão social fundada sobre valores universalmente partilhados e sobre o respeito dos direitos humanos: uma globalização justa, aberta a todos. governada democraticamente e que ofereça oportunidades e vantagens concretas a todos os países e a todos os seus habitantes.
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