Descrição
Quando surgiu o livro Sociobiology: The New Synthesis, em 1975, a sociobiologia foi acolhida como uma ciência nova e revolucionária. Nessa hora de entusiasmo de «descoberta», E. O. Wilson escreveu mesmo: «Uma das funções da sociobiologia é, pois, reformular os fundamentos das ciências sociais […].» E a resposta dos especialistas das ciências sociais não se fez esperar, nomeadamente a de M. Sahlins que refutou a ideia de que as ciências sociais pudessem ser integradas no esquema biológico. O enorme interesse suscitado e a veemência das críticas explica-se também pela utilidade aparente da nova tese para as ideologias conservadoras. Aparente e, aliás, contrariada pelo próprio Wilson. E em registos mais objectivos e circunscritos o debate tem continuado. E em Portugal? O que se sabe? O que sé discutiu? O que se avançou?
Aqueles que se esforçam presentemente por descobrir o curso seguido pela evolução humana estão de acordo quanto a considerarem que nada pode ser retirado dos modelos actualmente construídos pelos sociobiologistas. Mas não estão de acordo quanto à utilidade futura desses modelos evolucionistas. O Fogo de Prometeu, uma obra escrita por um E. O. Wilson já distanciado da visão inicial, «orgulhosa» e totalizadora, é um livro relativiza-te e construtivo que surge, assim, cheio de interesse, a vários títulos, para várias disciplinas, da biologia às ciências sociais.
Qual é a origem do pensamento humano? Como surgiu? Charles Lumsden e E. O. Wilson atribuem o aparecimento do pensamento à co-evolução da cultura e dos genes, apresentando respostas originais que relevam simultaneamente do pensamento criativo e da ciência.
Charles J. Lumsden é professor de Medicina da Universidade de Toronto. Edward O. Wilson ensina Ciência na Universidade de Harvard e é autor de um livro sobre a natureza humana que lhe valeu, em 1979, o prémio Pulitzer.
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