Catão / Almeida Garrett

Encadernação com lombada em pele e dizeres a ouro.

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Descrição

Tragédia em versos decassílabos brancos, representada pela primeira vez em setembro de 1821, no Teatro do Bairro Alto, simultaneamente com a farsa O Corcunda por amor, com que também foi publicada um ano depois. O volume contém, além de um prefácio doutrinário onde Garrett discorre acerca das dificuldades da arte dramática e da necessidade de combinar o “género romântico” com o “género clássico”, uma “Carta do autor a um amigo em Coimbra”, onde Garrett analisa os pontos de contacto entre o seu Catão e a obra homónima de Addison. Como o próprio autor afirma, no prefácio à segunda edição da tragédia, “o assunto é o mais nobre, mais heroico e mais trágico de toda a história antiga e moderna. Representando as últimas agonias da mais solidamente constituída república da antiguidade, a moralidade política do drama naturalmente reflete muita luz sobre a grande questão que ora agita e revolve o mundo: e mostra (talvez mais claro que nenhuns tratados) a superioridade das modernas formas representativas e a excelência da liberdade constitucional ou monárquica”. A ação dramática centra-se na figura corajosa e prudente de Catão, mortificado com o destino de Útica, ante a chegada iminente das invencíveis tropas de César. As alterações introduzidas na segunda edição da tragédia espelham as deceções crescentes do autor em relação ao regime liberal.