Descrição
Quando atingirmos o final do século, vaticina Michel Richonnier, apenas os Estados-continentes conservarão autonomia e relevância. Esse é o desafio que hoje se coloca à Europa: vencer a inércia e a mútua desconfiança que isola os diversos Estados-nações que a compõem e construir, enfim, uma unidade extensiva a outros domínios que não os meramente económicos. 1984 terá talvez representado o ano um desse objectivo, de cuja urgência os países do pequeno continente apenas começam a aperceber–se. Passados dois anos, a assinatura de um novo tratado comunitário, a adesão de Portugal e Espanha, a acalmia da crise orçamental e o prosseguimento da reforma da política agrícola comum parecem confirmar que um novo ciclo se iniciou. Recusando separações arbitrárias entre a história e a prospectiva, entre o económico e o social, o industrial e o pós-industrial, o autor considera que esta nova aventura da humanidade pode ser interpretada como uma terceira fase da Revolução industrial, que primeiro consagrou a supremacia inglesa, depois a da Alemanha e dos Estados Unidos, e que agora ameaça confirmar a de certas nações da área do Pacífico.
Nascido em 1943, Michel Richonnier doutorou-se em Economia pela Universidade da Califórnia, em San Oleg°. Actualmente trabalha no Institut d’Études Politiques, em Paris, tendo sido o principal responsável pelo relatório Quelle Stratégie Européenne pour Ia France dans les années 80?, elaborado no âmbito do Comissariado francês do Plano.
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