Descrição
Milhões de pessoas em todo o mundo têm consciência dos males impostos pelo colonialismo aos povos africanos.
A política do apartheid e da discriminação racial, por exemplo, provocam a justa indignação dessas pessoas e não poucas entendem perfeitamente que, atrás da proibição de que africanos entrem no mesmo trem, no mesmo hotel, no mesmo elevador ou no mesmo restaurante que os europeus, está todo um sistema de colonialismo que lhes rouba as terras e seu produto, que os obriga a viver na doença e pobreza, que lhes nega educação e preparo técnico, que lhes recusa o acesso a empregos
mulheres, que lhes paga salários de fome, que os amontoa em favelas e Reservas, que
não lhes proporciona assistência social, que os isola de qualquer forma de expressão democrática, inclusive os direitos políticos e sindicalistas, através dos quais poderiam procurar melhorar suas condições sociais e econômicas.
O importante, porém, agora,
O aspecto novo e significativo na África de nossos dias, não são as condições de trabalho e de
vida dos africanos, mas sim o que eles estão fazendo no sentido de modificá-las. Essas
condições, contudo, necessitam ser descritas e explicadas, para que possam ser compreendidas as raízes da grande revolta que abarca todo o continente.
Nos últimos cinco anos, mais de uma dúzia de Estados africanos conquistaram a independência; em todas as colônias e territórios prossegue o movimento do povo pela independência e pela democracia.
Quais as causas que produziram essa grande modificação?
Por que se estão levantando os africanos?
E por que estão a caindo muralhas do colonialismo, frente a esse poderoso clamor de liberdade?
O propósito do Autor, ao escrever o presente livro, foi o de dar respostas a essas
perguntas, buscando assim contribuir para uma compreensão melhor do esforço dos
africanos para acabar com a miséria e a opressão.
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