Descrição
É numa síntese dos sistemas económicos do Ocidente e do Leste que Ota Sik, o mundialmente conhecido teórico da economia, vê o futuro. Ota Sik, ministro da economia checoslovaca no tempo de Dubcek e hoje professor da faculdade de St. Gallen, analisa, nesta obra a crise do comunismo, do mesmo modo que a do capitalismo. Qual dos dois modelos— “plano” ou “mercado”— tem a possibilidade de desenvolver uma estrutura social a favor — e não contra— a humanidade? Ota Sik esboça nesta obra a imagem de uma futura sociedade que será humana e não é avessa ao capital— o modelo de um socialismo democrático e humano. Apresenta a tese de que a sociedade ocidental sofre de uma contradição decisiva— a oposição dos interesses. O efectivo aproveitamento e alargamento do capital é, no entanto, a base de toda a sociedade orientada para o futuro. Por experiência, Ota Sik sabe que é necessário criar um interesse directo do produtor por meio da socialização democrática. Todos os trabalhadores devem, assim, tornar-se coproprietários. Para Ota Sik, a oposição dos interesses é, afinal, o mal fundamental das sociedades tanto do Leste como do Ocidente. A oposição entre proprietários e não proprietários, entre capital e salários, entre direcção burocrática e trabalho produtivo, tem de ser eliminada. Só assim se assegurará um desenvolvimento económico significativo, eficaz e humano. Esta obra não é uma utopia. O modelo de socialismo democrático que apresenta é realizável no futuro. A sua realização foi impedida em 1968 pela entrada das tropas do Pacto de Varsóvia na Checoslováquia.
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