Descrição
«Escrevo histórias de amor porque, na realidade, me interesso mais por amor do que por qualquer outra coisa. O amor torna as pessoas humanas; e escrevo histórias de amor felizes porque creio que a felicidade é a coisa mais bela que existe.
«Nas minhas histórias esforço-me por retratar com o maior rigor os diferentes problemas de amor que a rapariga de hoje tem de enfrentar. Dantes, uma jovem tinha que confiar nos juízos e opiniões dos mais velhos; mas hoje chegou à conclusão de que a única forma autêntica e verdadeira de alcançar a realização é procurar rumos novos por si própria.»
Estas palavras de contagiante singeleza, que Maysie Greig gosta de proferir à guisa de introdução à sua obra romanesca, adequam-se harmoniosamente ao livro desta escritora que oferecemos. agora ao nosso público, incluído na colecção Intermezzo. Autora de uma série brilhante de obras de cunho romântico e tonalidade predominante- mente sentimental (a maioria das quais se encontram publicadas na nossa Biblioteca das Raparigas) Maysie Greig desfruta de um lugar privilegiado entre os cultores da literatura do género, pois são raríssimos os casos que, como o seu, conseguem aliar o encanto do enredo e a exploração sábia das situações com o cuidado na elaboração da trama romanesca. Em Singularidades do Amor, a apurada imaginação feminil de Maysie Greig foi pródiga em requintes de emoção e sensibilidade para nos proporcionar uma obra cuja leitura ultrapassa em muito a definição do vulgar romance cor-de-rosa, pois se socorre sempre de uma perspectiva realista das figuras e dos acontecimentos em que se enquadram. Assim temos, pois, que Tony Lethridge e Tânia Maillart – os dois heróis em redor dos quais é gizada a construção do romance – superam a longa distância o quadro preconcebido do par amoroso e predestinado, para inscreverem os seus recortes psicológicos, humanos e sociais em esferas donde já está ausente o frio convenciona- lismo para surgir, imprevisto, o latejar da vida, a exaltação dos sentimentos fortes e puros. É para tal, enfim, que tende a mensagem de Maysie Greig, que a aparente simplicidade torna ainda mais próxima e tocante: a de que o amor, como a beleza, sempre triunfa das desfigurações e vicissitudes.
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Portugália, 1967. Com 230 p.; 20 cm; Broch.
[Capas com algumas marcas de manuseamento e ligeiro desgaste; miolo bem conservado; rubrica de posse]
Detalhes
- Autor/a:Maysie Greig






