A Viagem / Charles Morgan

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Descrição

A Viagem é um romance aclamado de Charles Morgan (vencedor do James Tait Black Memorial Prize em 1940), amplamente considerado a sua obra-prima. É uma história profunda e introspectiva que funciona simultaneamente como um romance de amor, uma aventura e um hino apaixonado à França, explorando temas universais de amor, liberdade, identidade e autodescoberta.
Enquadramento e Personagens
A narrativa desenrola-se na década de 1930, dividida entre a rural e vinícola região de Charente e os vibrantes music halls de Paris. Os protagonistas são duas almas distintas cujas vidas se entrelaçam:
  • Barbet Hazard: Um homem da terra, simples, individualista, proprietário de vinhedos e alcaide de prisão, que vive de acordo com uma moralidade pessoal e tranquila.
  • Thérèse Despreux: Uma artista de music hall apaixonada, egocêntrica e com um desejo ardente de sucesso e controlo total sobre o seu trabalho e a sua vida, filha ilegítima do padre Lancret (amigo de infância de Barbet).
O livro acompanha as “viagens” metafóricas e físicas de Barbet e Thérèse.
A história explora:
  • A Busca pelo Amor: A relação entre Barbet e Thérèse é complexa, caracterizada por uma atração profunda, mas também pela hesitação em fazer concessões às expectativas sociais ou aos seus próprios medos e princípios.
  • A Identidade e o Propósito: O romance penetra profundamente na questão de como descobrimos quem somos e qual o nosso propósito na vida. Cada personagem embarca numa jornada de autodescoberta, mudando as suas perspetivas sobre si mesmos e sobre o mundo.
  • A Filosofia e o Misticismo: O estilo de Morgan é marcadamente introspectivo, entrelaçando a filosofia e o misticismo através das conversas e pensamentos dos personagens sobre arte, amor e morte, e a relação entre eles.
  • Contrastes Sociais e Morais: O livro justapõe a vida rural e a vida parisiense, a simplicidade e a artificialidade, e as diferentes formas como as pessoas definem a felicidade e o sucesso.
A Viagem é uma história de amor invulgar e uma exploração intemporal da condição humana, que desafia as convenções tradicionais de relacionamento e realização pessoal, tornando-o numa leitura cativante e instigante para leitores que apreciam profundidade psicológica e filosófica na ficção.

Editora Globo, 1959. Com 440 p.; 23 cm; Broch.
[Capas com alguns sinais de manuseamento; miolo bem conservado]

Detalhes