Descrição
Da autoria de um especialista em África, Angola e Lusofonia. Foi reitor da Universidade do Porto e docente da Universidade de Paris III (Vincennes), sendo pois um profundo conhecedor das matérias.
Tem vasta obra bibliográfica especializada sobre assuntos africanos.
Da contracapa:
“PROJECTO POLÍTICO DE ‘ETC’:
1. – No interior do Movimento Revolucionário Mundial, na sua real concretidade histórica de ‘Socialismo para o Comunismo’ e nas suas reais novidades deste tempo, ‘ETC’ quer tornar-se um ‘lugar’ de criatividade, para-em-de o espaço de língua original ou colonial portuguesa (Portugal, Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Brasil…).
2. – A ‘revolucionaridade’ omnitotidimensional constituirá o único e essencial denominador comum (propriamente não mínimo mas máximo) de todas as suas actividades incoativas e futuras: livrarias, bibliotecas, encontros, edições, intervenções, etc.
3. – Será uma tal ‘revolucionaridade’ que lhe fará ultrapassar todos os ‘grupismos – ortodoxismos – profissionalismos – arqueologismos – mitologismos…’, assim como todo o ‘nacionalismo provinciano’ e todo o ‘alibismo internacional’; e só ela tornará possíveis, necessários e reais o pluralismo e a democracia.
4. – Estes ‘princípios’ e ‘intenções’ ou, melhor, esta ‘teoria’ animará toda a ‘prazos’ de ‘ETC’, e designadamente:
– a sua abertura permanente a todos quantos se sintam de acordo com a dita ‘teoria’;
– as suas relações com grupos, movimentos, partidos, personalidades…;
– a realização progressiva dos diferentes aspectos e etapas do seu projecto revolucionário;
– ETC“
Paris, Outubro 1982
ÍNDICE
UMA EXPLICAÇÃO
INTRODUÇÃO E SITUAÇÃO DA PROBLEMÁTICA
SENTIDOS, DES-SENTIDOS E RE-SENTIDOS DA NEGRITUDE
Capítulo I
PANORÂMICA DA NEGRITUDE NA CIRCUNSTÂNCIA COLONIALO-PORTUGUESA
Com referências ao jornal ‘O NEGRO – Partido Africano’(1911) e ao ‘Primeiro Caderno de Poesia Negra de Expressão Portuguesa’ (1953), de uma parte, e, de outra parte à ideologia do ‘Luso-Tropicalismo’.
Capítulo II
APROXIMAÇÃO GENÉRICO-HISTÓRICA DA NEGRITUDE
1. O próton-movimento americano ou a Negritude ‘antes da letra’
2. Haiti de Toussaint Louverture e de Jean Price-Mars, Nicolau Guillen
3. Paris, 1932…: ‘Legitime Defense’ e ‘L’Etudiant Noir’: a ‘Letra’ da Negritude, com Leo Damas, Aimé Césaire e Leopold Sédar Senghor
4. Paris-Dakar, 1947: ‘Présence Africaine’, ‘Revue Culturelle do Monde Noir’.
5. Paris, 1948: ‘Antologie de la Nouvelle Poesie Negre et Malgache de la langue Française’, de Leopold Sédar Senghor e ‘Orphée Noir’ de J. P. Sartre.
6. ‘Ensaístas’ (‘Africanistas’ não-africanos e africanos) e ‘Romancistas’ daNegritude.
7. ‘Acontecimentos e anti-acontecimentos maiores’ da Negritude.
Capítulo III
ETAPAS-CONTEÚDOS IDEOLÓGICO-TEÓRICOS DA NEGRITUDE
1. A Negritude ‘literária’ – SOFRIMENTO E REVOLTA
2. A Negritude ‘política’ – UNIDADE E INDEPENDÊNCIA
3. A Negritude ‘filosófica’ – CULTURA E HUMANISMO
4. A Negritude ‘revolucionária’ ? – ANTROPOLITICA E SOCIALISMO
Capítulo IV
IDENTIFICAÇÃO DA NEGRITUDE
Capítulo V
PARA UMA RE-HUMANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA DO HOMEM NEGRO OU DA ‘NEGRITUDE’ À ‘HUMANITUDE’ PELA ‘CLASSITUDE’
INDEPENDÊNCIA E REVOLUÇÃO NAS EX-COLÓNIAS PORTUGUESAS
Capítulo I
AS ‘REVOLUÇÕES NACIONAIS’ E A ‘REVOLUÇÃO SOCIALISTA’
1. ‘O imperialismo, estádio supremo do capitalismo’ (Lenine), com ‘Teses e Aditamentos sobre as questões nacional colonial’
2. ‘O neocolonialismo, estádio supremo do Imperialismo’ (Nkrumah), com texto da ‘Carta da Organização de Unidade Africana’ (OUA)
3. O ‘Desenvolvimento’ ou a ‘Cooperação’, estádio supremo do neocolonialismo
4. A ‘Democracia’ (Cristã, social, pluralista, etc), poliformo ‘regime político’ do sistema (neo) capistalisto-imperialisto-colonialista
5. A ‘via’ ou ‘Des-via’ do ‘Socialismo Africano’
6. A ‘Independência Nacional’ como ‘Internacionalismo-Proletário-Revolucionário’ ?
Capítulo II
OS MOVIMENTOS DE LIBERTAÇÃO DAS EX-COLÓNIAS PORTUGUESAS
1. PAIGC – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
2. MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola
FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola
UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola
3. FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique
4. MLSTP – Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe
Capítulo III
O ANTI-COLONIALISMO PORTUGUÊS DO ‘25 DE ABRIL DE 1974’ OU DO ‘SPINOLISMO’ AO ‘MFAISMO’
1. ‘PORTUGAL E O FUTURO’ ou o ‘spinolismo’ como arcaica superestrutura política âncora de salvação de um neocapitalismo neocolonialismo retardado
‘AS COLÓNIAS PORTUGUESAS E O SEU FUTURO’ ou o ‘MFAismo’ como ‘caminhada para o socialismo do e pelo MFA e a passagem de uma ‘Revolução não revolucionária’ a uma ‘Não revolução revolucionária’
Detalhes
- Autor/a:Fernando Neves
- Editora:Edições Etc
- Ano:1975
- Descrição Física:Com 450[2] págs.; 21 cm; Broch.
- Condição:Capas com ligeiros sinais de manuseamento; miolo bem conservado